Salicaceae

Banara serrata (Vell.) Warb.

Como citar:

Eduardo Fernandez; Patricia da Rosa. 2018. Banara serrata (Salicaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.187.361,515 Km2

AOO:

144,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados:PARÁ, município de Altamira (Sobral 10666); BAHIA, município de Arataca (Jardim 4595), Santa Cruz de Cabrália (Santos 245), Jussarí (Mattos-Silva 2374), Camacan (Borges 330), Prado (Thomas 10117), Una (Kallunki 521), Porto Seguro (Mattos-Silva 3692), Itacaré (Querino 80), Ituberá (Carvalho-Sobrinho 203); MINAS GERAIS, município de Viçosa (Irwin 2121), Juiz de Fora (Glaziou 7514), Coronel Pacheco (Heringer 475), São Gonçalo do Rio Abaixo (Ferreira et al. 42), Descoberto (Castro 716), Muriaé (Hatschbach 48787), Faria Lemos (Leoni 4329); RIO DE JANEIRO, município de Armação de Búzios (Farney 4384), Teresópolis (Sucre 2355), Macaé (Farney 986), Itatiaia (Cardoso 1258), Silva Jardim (Peron 963); SÃO PAULO, município de Areias (Serafim 71); ESPÍRITO SANTO, município de Santa Teresa ( Thomas 1646). Segundo a Flora do Brasil 2020 a espécie não ocorre no estado do Espírito Santo.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Patricia da Rosa
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 15 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila Densa e áreas florestadas e de diferentes níveis e intensidades de degradação associadas a Mata Atlântica e a Amazônia nos estados do Pará, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Apresenta distribuição muito ampla, EOO=1004105 km², ocorrência em múltiplas fitofisionomias florestais e domínios fitogeográficos e presença confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de distintas esferas administrativas e níveis de proteção. Aparentemente, não sofre corte seletivo ou outro uso específico que afete sua perpetuação na natureza. Além disso, ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). Assim, foi considerada como de Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (números e tendências populacionais) a fim de se evitar sua inclusão em categoria de ameaça mais restritiva no futuro

Último avistamento: 2015
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Nat. Pflanzenfam. [Engler & Prantl] 3, Abt. 6a: 32. 1893.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Considerada ocasional em diferentes localidades de Minas Gerais (Irwin 2121; Castro 716).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Amazônia
Vegetação: Floresta Ciliar e/ou de Galeria, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Secundária, Sistema da Vegetação Secundária
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvores até 15 m de altura (Castro 716), ocorrendo nos domínios da Amazônia e Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Floresta Ombrófila Densa (Cardoso 1258), mata secundária (Querino 80) e floresta severamente perturbada (Kallunki 521)
Referências:
  1. Salicaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB14359>. Acesso em: 17 Nov. 2018

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat past,present,future national very high
Dados publicados recentemente (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018) apontam para uma redução maior que 85% da área originalmente coberta com Mata Atlântica e ecossistemas associados no Brasil. De acordo com o relatório, cerca de 12,4% de vegetação original ainda resistem. Embora a taxa de desmatamento tenha diminuído nos últimos anos, ainda está em andamento, e a qualidade e extensão de áreas florestais encontram-se em declínio contínuo há pelo menos 30 anos (Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). A floresta amazônica perdeu 17% de sua cobertura florestal original, 4,7% somente entre 2000 e 2013, principalmente devido à atividades oriundas da agroindústria, pecuária extensiva, infraestrutura rodoviárias e hidrelétricas, mineração e exploração madeireira (Charity et al. 2016).
Referências:
  1. Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2018. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Período 2016-2017. Relatório Técnico, São Paulo, 63p.
  2. Charity, S., Dudley, N., Oliveira, D. and Stolton, S. (editors), 2016. Living Amazon Report 2016: A regional approach to conservation in the Amazon. WWF Living Amazon Initiative, Brasília and Quito.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat,locality,occurrence,occupancy past,present,future local very high
A espécie foi coletada em fragmento próximo à áreas de desmatamento, em localidade do município de Altamira (PA) (Google Earth Pro Version 7.3.2., 2018).
Referências:
  1. Google Earth Pro Version 7.3.2., 2018. Nota observação direta de desmatamento em localidade de coleta da espécie no município de Altamira/Pará/Brasil. https://www.google.com/earth/download/ge/ (acesso em: 17 de novembro 2018)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1 Residential & commercial development habitat,locality,occurrence past,present,future regional very high
Segundo Silva (2002), uma preocupação é a forte erosão genética que populações naturais da espécie vêm sofrendo, principalmente por influências antrópicas causadas por empreendimentos imobiliários nos municípios com potencialidade turístico, a exemplo de Ilhéus, Valença, Itacaré e Porto Seguro. Esta também é uma ameaça na região de Armação de Búzios, onde o turismo é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas nos municípios de Búzios e Cabo Frio (Ribeiro e Oliveira, 2009; Barbosa, 2003).A expansão acelerada nos municípios de Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios, Rio das Ostras e Macaé, além de loteamentos indiscriminados, todos assentados sobre as planícies costeiras, ocasionam danos ambientais, pois além da destruição da vegetação de restinga, promovem a contaminação das lagunas costeiras e do lençol freático (Dantas et al., 2001).
Referências:
  1. Silva, L. A. M.,Simões, L. L., Lino, C. F., 2002. Piaçava - 500 Anos de Extrativismo. São Paulo, SP: SENAC São Paulo, 2002.
  2. Ribeiro, G., Oliveira, L.D. de, 2009. As Territorialidades da Metrópole no Século XXI: Tensões entre o Tradicional e o Moderno na Cidade de Cabo Frio-RJ. Geo UERJ 3, 108–127.;Barbosa, K.C., 2003. Turismo em Armação dos Búzios (RJ, Brasil): percepções locais sobre os problemas da cidade e diretrizes prioritárias de apoio à gestão ambiental. Universidade Federal Fluminense.
  3. Dantas, M.E., Shinzato, E., Medina, A.I.M., Silva, C.R., Pimentel, J., Lumbreras, J.F., Calderano, S.B., Carvalho Filho, A., 2001. Diagnóstico geoambiental do estado do Rio de Janeiro. CPRM, Brasília.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3 Livestock farming & ranching habitat,locality,occurrence,occupancy past,present,future regional high
O município de Areias, tem 37% de seu território utilizado como pastagem (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 31 de agosto 2018).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada na ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL BACIA DO PARAÍBA DO SUL (US), RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS (PI), MONUMENTO NATURAL MUNICIPAL DO PICO DO ITAGUARÉ (PI), PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA (PI), ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL CARAPIá(US), RESERVA BIOLÓGICA AUGUSTO RUSCHI (PI), PARQUE NACIONAL DO MONTE PASCOAL (PI), PARQUE NACIONAL PAU BRASIL(PI), PARQUE NACIONAL DA SERRA DAS LONTRAS (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL COSTA DE ITACARÉ/ SERRA GRANDE (US), RESERVA BIOLÓGICA NASCENTES SERRA DO CACHIMBO (PI),
Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente -SEA : Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.